Sementes de Pimenta do Reino – Piper nigrum L.


 

Piper nigrum
L.

 

Nome aceito, Nome correto

 

 

 

Hierarquia Taxonômica
 

Flora e Funga

Angiospermas

Piperaceae
Giseke

Piper
L.

Piper nigrum
L.

 

Imagens de campo

Variante Ortográfica

Sinônimos Relevantes

Forma de Vida e Substrato

Forma de Vida
Arbusto, Liana/volúvel/trepadeira

Substrato
Terrícola

Descrição com campos controlados
Caule: crescimento escandente; tricoma(s) ausente(s). Folha: pecíolo(s) com bainha(s) alongado(s); superfície(s) lisa(s); glândula(s) inconspícua(s); forma elíptica(s)/arredondado(s) ovada(s); ápice(s) curto(s) acuminado(s); simetria da base simétrica(s)/assimétrica(s); base aguda(s); tricoma(s) glabra(s) na(s) face(s) adaxial/glabra(s) na(s) face(s) abaxial; nervação eucamptódroma(s)/broquidódroma(s); disposição das nervura(s) abaixo da porção mediana(s). Inflorescência: tipo espiga(s); orientação pêndula(s). Flor: forma das bráctea(s) floral(ais) côncavo(s); margem(ns) das bráctea(s) floral(ais) glabra(s). Fruto: forma e superfície(s) globoso(s); ápice(s) arredondado(s); estilete(s) inconspícuo(s)/ausente(s)/estilete(s) séssil(eis) com 3 estigma(s); tricoma(s) ausente(s).

Descrição livre
Planta escandente, glabra; pecíolo 1,5-4 cm compr., bainha alongada até próximo ao meio; lâmina foliar eciliada; nervuras secundárias 3 , dispostas abaixo da porção mediana; pedúnculo de 1,5-4 cm compr.; espiga 10-15 cm compr., pêndula; bráctea floral adnada à raque com o ápice e as margens livres; fruto globoso, verde, vermelho, negro.

Comentários

Vouchers
Lanna-Sobrinho, J.P., 1225, RB

Referência

Hospedeiro

Origem
Cultivada

Endemismo

não é endêmica do Brasil

Distribuição

Distribuição

Distribuição Geográfica
Ocorrências confirmadas:
Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia)
Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe)
Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)
Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)
Sul (Paraná, Santa Catarina)

Domínios Fitogeográficos

Domínio fitogeográfico presente nas Regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, com grande variedade de fitofisionomias, mas com o predomínio de Florestas de Igapó e Florestas de Terra-Firme (Ter Steege et al. 2003). Ocupa 49,3% do território brasileiro e se estende através da Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Guianas (Kress et al. 1998).

Domínio exclusivamente brasileiro composto por vegetação tipicamente xerófila, que ocorre sob clima semi-árido da Região Nordeste e ocupa 9,9% do território nacional (Andrade-Lima 1981).

Conjunto de diferentes formas de vegetação no domínio do Cerrado, que inclui desde fitofisionomias florestais (Cerradão), savânicas (Cerrado stricto sensu), até campestres (Campo Sujo), e que compartilham uma flora com características escleromórficas. Famílias frequentes são Asteraceae, Leguminosae, Malpighiaceae, Vochysiaceae e Poaceae.

Domínio que inclui formações florestais e não-florestais que ocorrem ao longo da costa brasileira, com grande amplitude latitudinal, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e com variação altitudinal a partir do nível do mar até as regiões serranas do Complexo da Mantiqueira. O Brasil abriga 95% deste domínio fitogeográfico, que corresponde a 13% do seu território (Stehmann et al. 2009).

Vegetação campestre predominantemente herbácea ou subarbustiva e geralmente contínua. Ocupa 2.1% do território brasileiro, exclusivamente no Rio Grande do Sul, mas com extensões para a Argentina, Uruguai e leste do Paraguai (Boldrini 2009).

Domínio das terras submetidas às inundações periódicas dos rios Paraná e Paraguai, ocorrente na Região Centro-Oeste do Brasil, que ocupa 1,8% do território brasileiro e se distribui continuamente até a Bolívia, Paraguai e Argentina (Pott & Pott 1997).

Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal

Tipo de Vegetação

Ambiente cuja vegetação original foi alterada, perturbada ou destruída em relação ao tipo fitifisionômico primário e inclui áreas ruderais, agropecuárias e urbanas.

Formação vegetal tipicamente xerófita, predominantemente uma forma de floresta baixa sazonalmente seca, que ocorre na região de clima semi-árido do Nordeste do Brasil. A vegetação é esparsa, espalhando-se pelos maciços e tabuleiros por onde correm rios, em geral, intermitentes. Famílias frequentes são Leguminosae, Euphorbiaceae, Cactaceae, Asteraceae e Malpighiaceae.

Vegetação amazônica baixa e rala, que ocupa terrenos arenosos e áreas de terra firme. Pode ser “florestada”, assemelhando-se a uma floresta ciliar; “arborizada”, quando dominam plantas de menor porte; e “gramíneo-lenhosa”, quando ocorre nas planícies encharcadas, próxima a rios e lagos. Famílias frequentes são Arecaceae, Bromeliaceae, Clusiaceae, Humiriaceae, Marantaceae, Meliaceae e Rapateaceae.

Vegetação campestre dos trechos mais elevados das Serras do Mar, Mantiqueira e Serra Geral, geralmente em áreas acima de 900m. Ocorre em sítios com rochas ígneas ou metamórficas (granito-gnaisse), estando associado ao domínio da Mata Atlântica. Famílias frequentes são Asteraceae, Cyperaceae, Melastomataceae, Orchidaceae e Poaceae.

Vegetação amazônica dominada por estrato herbáceo com gramíneas e ciperáceas altas, que crescem em trechos sujeitos às inundações periódicas de rios e lagoas. Geralmente é associado à Floresta de Várzea. Famílias frequentes são Poaceae e Cyperaceae.

Vegetação dominada por estrato herbáceo (graminoso) ou subarbustivo, geralmente contínuo, e ausência de árvores e arbustos de caule grosso. Encontrado nos domínios do Cerrado e Pampa. Famílias frequentes são Poaceae, Asteraceae, Cyperaceae e Leguminosae.

Vegetação campestre que ocorre em áreas montanhosas, basicamente acima de 900 m de altitude, ocupando principalmente trechos de solos litólicos associados a afloramentos de quartzito, arenito ou minérios de ferro e manganês. Associa-se principalmente aos domínios do Cerrado e da Caatinga. Famílias frequentes são Asteraceae, Eriocaulaceae, Cyperaceae, Poaceae, Melastomataceae, Orchidaceae, Velloziaceae, Leguminosae e Xyridaceae.

Vegetação xerófila arbustiva alta e densa, com trepadeiras abundantes e um dossel descontínuo, com árvores emergentes esparsas. No domínio da Caatinga corre sobre Areias Quartzosas distróficas profundas, e no domínio do Cerrado sobre litossolo. Famílias frequentes são Leguminosae, Apocynaceae, Combretaceae, Solanaceae.

Conjunto de diferentes formas de vegetação no domínio do Cerrado, que inclui desde fitofisionomias florestais (Cerradão), savânicas (Cerrado stricto sensu), até campestres (Campo Sujo), e que compartilham uma flora com características xeromórficas. Famílias frequentes são Asteraceae, Leguminosae, Malpighiaceae, Vochysiaceae e Poaceae.

Vegetação florestal que ocorre associada a cursos de água, geralmente intermitentes, os quais podem ser largos (ciliar) ou mais estreitos e cobertos pelo dossel (galeria). Mais associada aos domínios do Cerrado e Caatinga, ocorre em todo o território nacional sob diferentes nomes. Famílias frequentes são Leguminosae, Lauraceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae, Clusiaceae e Rubiaceae.

Vegetação florestal amazônica cujo solo permanece encharcado ou alagado acima da superfície por todo o ano. Geralmente associada a solos arenosos. Comparada às florestas de Várzea (em solos argilosos) e Terra-Firme é, em geral, a mais baixa.

Vegetação florestal amazônica sobre os interflúvios, geralmente densa e alta, não inundada sazonalmente pela cheia dos rios. Famílias frequentes são Leguminosae, Lecythidaceae, Chrysobalanaceae, Sapotaceae, Burseraceae.

Vegetação florestal amazônica submetida a inundações periódicas na época das cheias dos rios. Geralmente associada a solos argilosos. Famílias frequentes são Arecacaea, Euphorbiaceae, Malvaceae, Moraceae e Polygonaceae.

Vegetação florestal condicionada por nítida estacionalidade climática (um período seco e outro chuvoso). Ocorre geralmente nos interflúvios, e 90% ou mais das plantas arbóreas perdem as folhas no período seco. Ocorre nos domínios da Caatinga, da Mata Atlântica e do Cerrado. Famílias frequentes são Leguminosae, Malvaceae, Euphorbiaceae, Apocynaceae e Sapindaceae.

Floresta da borda sul-amazônica na região do Alto Rio Xingu, que ocorre sobre latossolos e apresenta período seco variável de quatro a seis meses. Apesar da estacionalidade climática, a floresta se mantém perenifólia, pois não há estresse hídrico devido a densa rede de drenagem num relevo quase plano. Apresenta composição florística própria, não similar à flora presente nas formações de entorno, isto é, a Floresta Ombrófila e a Floresta Estacional.

Vegetação florestal condicionada pela nítida estacionalidade climática (um período seco e outro chuvoso). Ocorre geralmente nos interflúvios, e 10% a 50% das plantas arbóreas perdem as folhas no período seco. Famílias frequentes são Leguminosae, Euphorbiaceae, Nyctaginaceae, Rutaceae e Apocynaceae.

Vegetação florestal que ocorre em áreas com elevadas temperatura e precipitação, composta essencialmente por árvores e palmeiras. De porte alto, pode ocorrer em diferentes posições topográficas, desde “terras baixas”, áreas “submontanas”, “montanas”, até “alto-montanas”. Famílias frequentes são Leguminosae, Arecaceae, Moraceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae, Rubiaceae, Bromeliaceae, Araceae, Orchidaceae.

Vegetação florestal pluvial, caracterizada pela presença do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), além de árvores dicotiledôneas e palmeiras. De porte alto, pode ocorrer desde posições topográficas “submontanas”, até “montanas” e “alto-montanas”. Famílias frequentes são Araucariaceae, Podocarpaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae.

Vegetação arbóreo-arbustiva perenifólia densa, baixa, pobre em espécies, que ocorre nos estuários dos rios. Estende-se pelo litoral brasileiro desde Santa Catarina até o Amapá, seguindo rumo norte por toda a América tropical. Famílias importantes são Rhizophoraceae, Acanthaceae, Combretaceae e Pteridaceae.

Formação onde normalmente domina uma só espécie de palmeira, com baixa frequência de árvores. Associa-se aos ecótonos dos domínios da Amazônia, Caatinga e Cerrado. Gêneros importantes são Attalea, Copernicia, Euterpe, Mauritia e Orbignya.

Complexo de vegetações que ocupa as planícies litorâneas do Brasil, ocorrendo sobre sedimentos arenosos pleistocênicos e holocênicos de origem marinha. Inclui desde fitofisionomias abertas, herbáceo-arbustivas, localizadas próximas às praias, até florestas com árvores altas em direção ao interior do continente, ou arbustais sobre dunas litorâneas. Famílias frequentes são Arecaceae, Lauraceae, Myrsinaceae, Myrtaceae e Bromeliaceae.

Vegetação não florestal da Amazônia sobre solos pouco a bem drenados, geralmente arenosos, e que inclui desde fitofisionomias savânicas típicas até formações caracteristicamente campestres. Fisionômica e floristicamente é similar ao Cerrado lato sensu, com flora mais pobre. Famílias frequentes são Vochysiaceae, Leguminosae e Malpighiaceae.

Em ambientes aquáticos lênticos ou lóticos, inclui plantas (macrófitos) flutuantes não enraizadas, ou enraizadas com folhas flutuantes ou submersas. Famílias freqüentes são Araceae, Cyperaceae, Nymphaeaceae e Poaceae.

Ilhas de rochas (inselbergues), circundados por uma matriz vegetacional distinta, que pode ter variadas feições fitofisionômicas. Famílias frequentes são Araceae, Bromeliaceae, Cactaceae e Orchidaceae.

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Área Antrópica

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Nomes Vernáculos
Nome Região Língua
black pepper USA Inglês
white pepper USA Inglês
pimenta-do-reino Brasil Português

Link para este táxon
http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Piper_nigrum

Bibliografia Referência
Guimarães, E.F.,Carvalho-Silva, M.,Monteiro, D.,Medeiros, E.S.,Queiroz, G.A. 2015. Piperaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil2015.jbrj.gov.br/FB20316)

Guimarães, E.F., Medeiros, E.V.S.S., Queiroz, G.A. 2020. Piper in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (https://floradobrasil2020.jbrj.gov.br/FB20316).

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BFG. Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network. Taxon. 2021. (https://doi.org/10.1002/tax.12640).

Sub famílias

Tribos

Gêneros

Espécies

Subsp./Var.

Sinopse para todo o Brasil

Citação
Guimarães, E.F.; Medeiros, E.V.S.S.; Queiroz, G.A. Piper in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB20316>. Acesso em: 05 out. 2024

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