Hierarquia Taxonômica
Reino: Plantae
Divisão: Tracheophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Bignoniaceae
Gênero: Jacaranda
Espécie: Jacaranda mimosifolia D. Don
Sinônimos Relevantes
Jacaranda chelonia Griseb.
Jacaranda ovalifolia R.Br.
Jacaranda acutifolia auct. non Humb. & Bonpl.
Forma de Vida e Substrato
Jacaranda mimosifolia é uma árvore caducifólia de médio porte, atingindo de 10 a 20 metros de altura. Seu crescimento é moderado a rápido, especialmente em condições ideais de solo e clima. O tronco é reto e cilíndrico, com casca acinzentada e fissuras longitudinais. O sistema radicular é profundo, o que favorece sua resistência à seca. Prefere solos bem drenados, arenosos ou argilosos, com pH neutro a levemente alcalino. A espécie é intolerante a solos encharcados. Desenvolve-se melhor em locais com alta incidência de luz solar, sendo sensível a geadas quando jovem.
Descrição com Campos Controlados
Altura: 10-20 metros
Diâmetro do tronco: 40-70 cm
Folhas: compostas bipinadas, de 25 a 50 cm de comprimento, com folíolos pequenos e delicados
Flores: roxas a azuladas, tubulares, dispostas em panículas terminais de até 30 cm
Frutos: cápsulas lenhosas achatadas, de 5 a 8 cm, contendo sementes aladas
Habitat: floresta estacional semidecidual e áreas abertas
Clima: subtropical e tropical de altitude
Origem
Jacaranda mimosifolia é nativa da América do Sul, com ocorrência natural na Argentina, Bolívia e Paraguai. No Brasil, sua presença é limitada a cultivos e introduções em jardins e áreas urbanas. Essa espécie é típica de regiões de clima subtropical, crescendo naturalmente em encostas e vales de altitude moderada. Suas populações nativas ocorrem em áreas de transição entre florestas e savanas, sendo adaptadas a solos bem drenados e períodos de seca moderada.
Endemismo
Jacaranda mimosifolia não é uma espécie endêmica do Brasil. Sua distribuição natural abrange partes da Argentina, Paraguai e Bolívia, onde cresce espontaneamente em ambientes de clima subtropical. No Brasil, é amplamente cultivada como árvore ornamental, mas não é considerada uma espécie nativa de nenhum bioma específico.
Distribuição
Além de sua distribuição natural na América do Sul, Jacaranda mimosifolia foi amplamente introduzida em outras regiões tropicais e subtropicais do mundo. É cultivada em países como Estados Unidos (especialmente na Califórnia e Flórida), México, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Portugal e Espanha. Nessas regiões, tornou-se uma árvore ornamental popular devido à sua floração exuberante e resistência a condições urbanas.
Domínios Fitogeográficos
No Brasil, Jacaranda mimosifolia pode ser encontrada em áreas antrópicas e cultivadas dentro dos domínios fitogeográficos do Cerrado e da Mata Atlântica. No entanto, sua presença nesses biomas ocorre apenas por meio de introdução antrópica, já que a espécie não faz parte da flora nativa brasileira.
Tipo de Vegetação
Jacaranda mimosifolia está associada a florestas estacionais semideciduais e áreas abertas de clima subtropical. Em seu habitat natural, cresce em solos bem drenados e tolera períodos curtos de seca. Como espécie cultivada, adapta-se bem a jardins, praças e arborização urbana.
Nomes Vernáculos
Jacarandá-mimoso, jacarandá-azul, flamboyant-azul, caroba, jacarandá
Descrição Geral
Jacaranda mimosifolia é uma árvore ornamental de médio porte, apreciada por sua exuberante floração azul-arroxeada. Suas folhas são compostas bipinadas, conferindo-lhe uma aparência delicada e semelhante à da samambaia. O tronco é ereto e pode atingir de 40 a 70 cm de diâmetro, com casca levemente fissurada. Suas flores tubulares aparecem em cachos densos, principalmente na primavera e no início do verão, criando um espetáculo visual. O fruto é uma cápsula lenhosa achatada, contendo sementes aladas, que se dispersam pelo vento. A espécie é amplamente utilizada na arborização urbana e em paisagismo devido à sua beleza e resistência.
Descrição das Sementes
As sementes de Jacaranda mimosifolia são pequenas, aladas e de coloração marrom-clara. Medem cerca de 5 a 10 mm de comprimento e possuem uma fina membrana transparente ao redor, que facilita sua dispersão pelo vento. As sementes são produzidas dentro de cápsulas lenhosas e achatadas, que se abrem espontaneamente quando maduras. A viabilidade das sementes pode ser alta se forem armazenadas corretamente, mas sua germinação pode ser lenta sem tratamento prévio.
Requisitos de Crescimento
Jacaranda mimosifolia prefere solos bem drenados, leves e férteis, com pH neutro a ligeiramente alcalino. Desenvolve-se melhor em locais com pleno sol, sendo sensível a geadas intensas. A rega deve ser moderada, evitando o encharcamento. A espécie é adaptada a climas subtropicais e tropicais de altitude, suportando curtos períodos de estiagem quando estabelecida.
Tempo de Germinação
A germinação das sementes de Jacaranda mimosifolia ocorre entre 10 e 30 dias após a semeadura, dependendo das condições ambientais. Para acelerar o processo, recomenda-se a imersão das sementes em água morna por 24 horas antes do plantio. O substrato deve ser mantido úmido, mas sem excesso de água, e a temperatura ideal para a germinação varia entre 20°C e 25°C.
Tempo de Colheita
A colheita das sementes pode ser feita quando os frutos, que são cápsulas lenhosas, amadurecem e começam a abrir naturalmente na árvore. Isso geralmente ocorre no final da estação seca ou início da estação chuvosa. As sementes devem ser coletadas diretamente das cápsulas ou do solo e armazenadas em local seco e arejado.
Usos
Jacaranda mimosifolia é amplamente utilizada na arborização urbana e paisagismo devido à sua beleza e sombra agradável. Também é empregada na recuperação de áreas degradadas e como planta ornamental em jardins e parques. Sua madeira tem uso limitado, mas pode ser aproveitada para pequenos objetos artesanais. Além disso, algumas culturas utilizam extratos da planta na medicina popular.
Cuidados e Manutenção
Para garantir o bom desenvolvimento da árvore, recomenda-se podas leves para formação da copa e remoção de galhos secos. A adubação orgânica ou com fertilizantes equilibrados favorece a floração. É importante proteger mudas jovens de geadas e ventos fortes. Apesar de ser uma árvore resistente, pode ser atacada por pragas como cochonilhas e pulgões, exigindo monitoramento e controle adequado.
Referências Bibliográficas
LORENZI, Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
SMITH, N.; MORAWETZ, W. Árvores ornamentais do mundo tropical. São Paulo: Nobel, 1993.
REIS, A.; KAGEYAMA, P. A.; FIGUEIREDO FILHO, A. Manual de Sementes Florestais. Curitiba: FUPEF, 2000.

















