Hierarquia Taxonômica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Caesalpinioideae
Gênero: Peltophorum
Espécie: Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.
Sinônimos Relevantes
Caesalpinia dubia Spreng.
Baryxylum dubium (Spreng.) Pierre
Brasilettia dubia (Spreng.) Kuntze
Forma de Vida e Substrato
Peltophorum dubium é uma árvore de grande porte, atingindo alturas entre 20 e 25 metros, com tronco mais ou menos reto. Suas folhas são compostas bipinadas e de coloração verde-brilhante. As flores, de aproximadamente 2 cm de diâmetro, são dispostas em cachos terminais e apresentam corolas vistosas. Os frutos são legumes achatados, coriáceos e de coloração marrom. A espécie é nativa de florestas estacionais deciduais subtropicais e temperadas da América do Sul, crescendo preferencialmente em margens de rios e áreas com boa disponibilidade hídrica.
Descrição com Campos Controlados
Altura: 20-25 metros
Diâmetro do tronco: 50-70 cm
Folhas: compostas bipinadas, de coloração verde-brilhante
Flores: amarelas, perfumadas, zigomorfas, diclamídeas, bissexuadas, agrupadas em panículas terminais
Frutos: legumes achatados, coriáceos, medindo de 1 a 2 cm de largura por até 9,5 cm de comprimento, contendo sementes de testa dura
Habitat: florestas estacionais deciduais subtropicais e temperadas, preferencialmente em margens de rios e áreas com boa disponibilidade hídrica
Clima: tropical e subtropical, tolerante a climas temperados
Origem
Peltophorum dubium é nativa da América do Sul, ocorrendo no sul do Brasil, nordeste da Argentina, Paraguai e norte do Uruguai. A espécie é característica de florestas estacionais deciduais subtropicais e temperadas, crescendo preferencialmente em margens de rios e áreas com boa disponibilidade hídrica.
Endemismo
Embora Peltophorum dubium seja nativa da América do Sul, não é considerada endêmica de uma única região específica, pois sua distribuição abrange vários países, incluindo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Distribuição
A espécie ocorre naturalmente no sul do Brasil, nordeste da Argentina, Paraguai e norte do Uruguai. No Brasil, é encontrada desde a Bahia até o Rio Grande do Sul, adentrando até o Mato Grosso do Sul. Habita preferencialmente florestas estacionais semideciduais e áreas ribeirinhas.
Domínios Fitogeográficos
Peltophorum dubium está presente nos domínios fitogeográficos da Mata Atlântica e do Cerrado, sendo característica de formações como florestas estacionais semideciduais e áreas ribeirinhas.
Tipo de Vegetação
A espécie é típica de florestas estacionais semideciduais, que apresentam perda parcial de folhas durante a estação seca, e de áreas ribeirinhas com solos argilosos, profundos e bem drenados.
Nomes Vernáculos
Canafístula, angico-amarelo, faveiro, ibiocaá, yvyrá-pytá.
Descrição Geral
Peltophorum dubium, conhecido popularmente como canafístula, é uma árvore de grande porte, podendo atingir até 25 metros de altura. Apresenta tronco reto, casca rugosa e fissurada, além de copa ampla e arredondada. Suas folhas são compostas bipinadas e de coloração verde intensa. A floração ocorre entre a primavera e o verão, com inflorescências formadas por flores amarelas vibrantes e perfumadas, altamente atrativas para polinizadores. Seus frutos são legumes achatados e coriáceos, contendo sementes de testa dura. A espécie é muito utilizada para arborização urbana e recuperação de áreas degradadas, além de possuir madeira de qualidade para usos diversos.
Descrição das Sementes
As sementes de Peltophorum dubium são pequenas, de coloração marrom-escura, lisas e duras. Medem entre 7 e 10 mm de comprimento e possuem tegumento impermeável, o que dificulta a germinação natural. São encontradas dentro de vagens achatadas e lenhosas que se abrem espontaneamente quando maduras. A dispersão ocorre principalmente pelo vento e por animais que se alimentam dos frutos secos.
Requisitos de Crescimento
Peltophorum dubium adapta-se bem a diferentes tipos de solo, mas prefere os profundos e bem drenados. Tolera solos pobres e períodos de estiagem, sendo ideal para reflorestamento em áreas degradadas. Desenvolve-se melhor em regiões de clima tropical e subtropical, com alta luminosidade e chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Pode ser cultivado a partir de sementes, sendo recomendado o tratamento pré-germinativo para acelerar o processo.
Tempo de Germinação
A germinação das sementes de Peltophorum dubium ocorre entre 10 e 40 dias, dependendo das condições ambientais e do preparo das sementes. Devido à dormência imposta pelo tegumento duro, recomenda-se escarificação mecânica (lixar levemente a casca) ou imersão em água quente por 24 horas antes do plantio. A taxa de germinação pode chegar a 80% quando o tratamento prévio é realizado corretamente.
Tempo de Colheita
Os frutos amadurecem entre o final do verão e o início do outono, quando as vagens passam de verde para marrom-escuro e começam a se abrir espontaneamente. A colheita das sementes deve ser feita retirando as vagens diretamente da árvore ou coletando do solo. Após a secagem, as sementes podem ser armazenadas em ambiente seco e arejado por até um ano sem perda significativa da viabilidade.
Usos
Peltophorum dubium é uma espécie de grande importância ecológica e econômica. É amplamente utilizada em projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, devido à sua rusticidade e capacidade de fixar nitrogênio no solo. Sua madeira é densa, resistente e empregada na fabricação de móveis, carpintaria, construção civil e lenha. A árvore também é valorizada na arborização urbana por sua copa ampla e floração ornamental.
Cuidados e Manutenção
A manutenção de Peltophorum dubium inclui podas de formação nos primeiros anos de crescimento para estimular um desenvolvimento equilibrado da copa. Durante a fase inicial, é recomendada irrigação periódica para garantir um bom estabelecimento da planta. A espécie é resistente a pragas e doenças, exigindo poucos cuidados fitossanitários. Seu crescimento é rápido, e pode atingir mais de 2 metros de altura nos primeiros anos.
Referências Bibliográficas
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
CARVALHO, P.E.R. Espécies Arbóreas Brasileiras. Colombo: Embrapa Florestas, 2003.
REIS, A.; KAGEYAMA, P. A. Sementes Florestais: Germinação, Dormência e Conservação. Curitiba: FUPEF, 2000.