Hierarquia Taxonômica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Gênero: Dipteryx
Espécie: Dipteryx alata Vogel
Sinônimos Relevantes
Coumarouna alata (Vogel) Taub.
Dipteryx pteropus Mart.
Dipteryx pterota Benth.
Forma de Vida e Substrato
Dipteryx alata é uma árvore de grande porte, atingindo até 25 metros de altura e 70 centímetros de diâmetro de tronco. Apresenta copa densa e arredondada, com folhas compostas por 6 a 12 folíolos glabros de coloração verde intensa. As flores são pequenas e esverdeadas, surgindo de outubro a janeiro. Os frutos são legumes lenhosos de coloração castanha, contendo uma única amêndoa comestível. A espécie é característica do Cerrado brasileiro, adaptando-se a solos de baixa fertilidade e condições de seca. :contentReference[oaicite:0]{index=0}
Descrição com Campos Controlados
Altura: até 25 metros
Diâmetro do tronco: até 70 cm
Folhas: compostas, com 6 a 12 folíolos glabros de coloração verde intensa
Flores: pequenas, esverdeadas, surgem de outubro a janeiro
Frutos: legumes lenhosos, castanhos, contendo uma única amêndoa comestível
Habitat: Cerrado brasileiro, adaptado a solos de baixa fertilidade e condições de seca
Clima: tropical sazonal, com estação seca bem definida
Origem
Dipteryx alata é nativa do Brasil, ocorrendo predominantemente no bioma Cerrado. A espécie também é encontrada em regiões da Bolívia, Paraguai e Peru. :contentReference[oaicite:1]{index=1}
Endemismo
Embora seja nativa do Cerrado brasileiro, Dipteryx alata não é considerada endêmica do Brasil, pois ocorre também em países vizinhos como Bolívia, Paraguai e Peru. :contentReference[oaicite:2]{index=2}
Distribuição
A espécie distribui-se pelo Cerrado brasileiro, abrangendo os estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Também ocorre na Bolívia, Paraguai e Peru. :contentReference[oaicite:3]{index=3}
Domínios Fitogeográficos
Dipteryx alata está presente no domínio fitogeográfico do Cerrado, sendo característica das formações florestais tipo cerradão e mata, além de áreas de transição entre cerrado e mata estacional ou mata de galeria. :contentReference[oaicite:4]{index=4}
Tipo de Vegetação
A espécie é típica de formações florestais como cerradão, matas de galeria e áreas de transição entre cerrado e mata estacional, adaptando-se a solos de baixa fertilidade e condições de seca. :contentReference[oaicite:5]{index=5}
Nomes Vernáculos
Baru, cumaru-do-cerrado, cumbaru, cambaru, imburana-brava.
Descrição Geral
Dipteryx alata, popularmente conhecida como baru, é uma árvore de grande porte nativa do Cerrado brasileiro, podendo atingir até 25 metros de altura. Possui tronco robusto, de casca grossa e fissurada, e copa ampla e arredondada. Suas folhas são compostas e verde-escuras, apresentando entre 6 a 12 folíolos. A floração ocorre de outubro a janeiro, com pequenas flores esverdeadas que atraem polinizadores. O fruto é um legume lenhoso, castanho e resistente, que abriga uma única semente oleaginosa altamente nutritiva e comestível. A espécie é amplamente valorizada pelo seu potencial alimentar, medicinal e ecológico, desempenhando um papel fundamental na recuperação de áreas degradadas e na biodiversidade do Cerrado.
Descrição das Sementes
As sementes de Dipteryx alata são grandes, ovais, de coloração marrom-escura e envoltas por uma casca dura e lenhosa. Medem cerca de 3 cm de comprimento e possuem alto teor de óleo e proteínas. Devido à sua casca espessa, apresentam dormência física, o que pode retardar a germinação. Para facilitar o processo germinativo, recomenda-se a escarificação mecânica ou a imersão das sementes em água quente por algumas horas antes do plantio.
Requisitos de Crescimento
Dipteryx alata é adaptada ao clima tropical sazonal do Cerrado, suportando longos períodos de seca. Prefere solos bem drenados, arenosos ou argilosos, de baixa a média fertilidade, mas responde bem à adubação orgânica. É uma espécie de crescimento moderado a lento nos primeiros anos, mas, uma vez estabelecida, apresenta alta resistência a pragas e doenças. Para um bom desenvolvimento, recomenda-se plantio em áreas abertas e com alta incidência de luz solar.
Tempo de Germinação
A germinação das sementes de Dipteryx alata pode levar de 20 a 50 dias, dependendo das condições ambientais e do preparo das sementes. O uso de técnicas como a quebra mecânica do tegumento ou a imersão em água morna por 24 horas pode acelerar o processo, aumentando a taxa de germinação. A taxa de sucesso pode variar entre 60% e 80%, dependendo da qualidade das sementes e do manejo do substrato.
Tempo de Colheita
Os frutos de Dipteryx alata amadurecem entre agosto e outubro, caindo naturalmente ao solo quando prontos para a colheita. Para a extração das sementes, é necessário quebrar a casca lenhosa do fruto. Após a colheita, as sementes podem ser armazenadas por longos períodos sem perda significativa de viabilidade, desde que mantidas em local seco e arejado.
Usos
O baru é amplamente valorizado por suas múltiplas aplicações. A semente comestível é rica em proteínas e óleos saudáveis, sendo utilizada na produção de farinhas, doces e licores. A madeira da árvore é resistente e usada na marcenaria e construção civil. Além disso, a espécie tem grande potencial na recuperação de áreas degradadas, contribuindo para a conservação do Cerrado. Seus frutos também servem de alimento para diversas espécies da fauna silvestre, como antas, macacos e araras.
Cuidados e Manutenção
Durante os primeiros anos de crescimento, Dipteryx alata exige irrigação regular em períodos secos para garantir um bom estabelecimento. A adubação orgânica pode ser aplicada para melhorar o desenvolvimento inicial das mudas. A árvore apresenta baixa necessidade de manutenção após a fase inicial, sendo altamente resistente a pragas e doenças. Recomenda-se espaçamento adequado no plantio para permitir o crescimento saudável da copa e evitar competição por luz e nutrientes.
Referências Bibliográficas
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
EMBRAPA. Dipteryx alata: Potencial Alimentício e Econômico do Baru. Disponível em: www.embrapa.br.
CARVALHO, P.E.R. Espécies Arbóreas Brasileiras. Colombo: Embrapa Florestas, 2003.