Hierarquia Taxonômica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Gênero: Mimosa
Espécie: Mimosa caesalpiniifolia Benth.
Sinônimos Relevantes
Mimosa caesalpiniaefolia Benth.
Forma de Vida e Substrato
Mimosa caesalpiniifolia, conhecida popularmente como sabiá, é uma árvore de médio porte, atingindo alturas entre 4 e 10 metros. Apresenta tronco reto com casca acinzentada e fissurada. Suas folhas são compostas bipinadas, com folíolos pequenos e numerosos. As flores, de coloração branca a amarelada, são reunidas em inflorescências globosas. A espécie é adaptada a solos profundos, de textura arenosa, e possui baixa exigência em fertilidade e umidade, desenvolvendo-se bem mesmo em áreas degradadas. :contentReference[oaicite:0]{index=0}
Descrição com Campos Controlados
Altura: 4-10 metros
Diâmetro do tronco: 20-30 cm
Folhas: compostas bipinadas, com folíolos de 0,5-1 cm
Flores: brancas a amareladas, em inflorescências globosas de 1-1,5 cm de diâmetro
Frutos: vagens planas, de 5-10 cm de comprimento, contendo sementes oblongas de 5-6 mm
Habitat: caatinga, cerrado e áreas degradadas
Clima: tropical semiárido a tropical úmido
Origem
Mimosa caesalpiniifolia é nativa do Brasil, ocorrendo naturalmente nos estados do Maranhão, Piauí e Pernambuco. A espécie é característica da caatinga, mas também pode ser encontrada em áreas de cerrado e matas ciliares. :contentReference[oaicite:1]{index=1}
Endemismo
A espécie é endêmica do Brasil, com distribuição natural restrita aos estados do Maranhão, Piauí e Pernambuco. :contentReference[oaicite:2]{index=2}
Distribuição
Mimosa caesalpiniifolia ocorre naturalmente nos estados do Maranhão, Piauí e Pernambuco. Além disso, devido à sua importância econômica e ecológica, a espécie tem sido amplamente cultivada e introduzida em outras regiões do Brasil, como o Distrito Federal e estados do Sudeste, adaptando-se bem a diferentes condições edafoclimáticas. :contentReference[oaicite:3]{index=3}
Domínios Fitogeográficos
A espécie está presente nos domínios fitogeográficos da Caatinga e do Cerrado, sendo característica de formações como savana-estépica (caatinga do sertão árido) e savana (cerrado lato sensu). :contentReference[oaicite:4]{index=4}
Tipo de Vegetação
Mimosa caesalpiniifolia é típica de vegetações como a caatinga, caracterizada por arbustos e árvores adaptadas a condições semiáridas, e o cerrado, uma savana brasileira com vegetação arbustivo-arbórea. A espécie também é encontrada em áreas de transição entre essas formações e matas ciliares. :contentReference[oaicite:5]{index=5}
Nomes Vernáculos
Sabiá, sansão-do-campo, cebiá, unha-de-gato.
Descrição Geral
Mimosa caesalpiniifolia é uma árvore de médio porte, muito utilizada na recuperação de áreas degradadas e na formação de cercas vivas devido ao seu rápido crescimento e resistência a solos pobres. Seu tronco é reto e apresenta casca fissurada de coloração acinzentada. As folhas são compostas bipinadas, com pequenos folíolos verdes brilhantes. Durante a floração, exibe inflorescências globosas de cor branca a amarelada, atraindo polinizadores como abelhas. Seus frutos são vagens achatadas que contêm sementes pequenas e duras. A espécie é altamente adaptável a condições adversas e apresenta grande importância ecológica, pois melhora a fertilidade do solo através da fixação de nitrogênio atmosférico.
Descrição das Sementes
As sementes de Mimosa caesalpiniifolia são pequenas, duras, oblongas e de coloração marrom. Medem aproximadamente 5 a 6 mm de comprimento e estão contidas dentro de vagens achatadas de 5 a 10 cm de comprimento. A dormência das sementes é um fator limitante para a germinação, sendo recomendado o uso de escarificação mecânica ou térmica para acelerar o processo germinativo.
Requisitos de Crescimento
Mimosa caesalpiniifolia é altamente adaptável a diferentes tipos de solo, sendo frequentemente encontrada em solos rasos, arenosos e de baixa fertilidade. Tolera bem períodos de seca, o que a torna uma excelente opção para plantios em regiões semiáridas. Para um desenvolvimento ideal, a espécie requer alta luminosidade e solo bem drenado. Pode ser cultivada tanto por sementes quanto por mudas, sendo a semeadura direta no campo uma técnica comum para reflorestamento e formação de cercas vivas.
Tempo de Germinação
A germinação das sementes de Mimosa caesalpiniifolia pode levar de 10 a 30 dias, dependendo das condições ambientais. A taxa de germinação pode ser aumentada com o uso de tratamentos pré-germinativos, como a imersão em água quente por 5 minutos ou a escarificação mecânica da casca da semente. A temperatura ideal para a germinação varia entre 25°C e 30°C.
Tempo de Colheita
Os frutos de Mimosa caesalpiniifolia amadurecem entre os meses de agosto e outubro. A colheita das sementes pode ser feita manualmente a partir da coleta das vagens maduras diretamente da árvore ou do solo. Após a coleta, as sementes devem ser secas à sombra e armazenadas em local seco e arejado para manter sua viabilidade por longos períodos.
Usos
Mimosa caesalpiniifolia é uma espécie versátil e amplamente utilizada na recuperação de áreas degradadas, reflorestamento e fixação de nitrogênio no solo. Suas folhas e flores servem de alimento para abelhas, tornando-a importante para a apicultura. A madeira é densa e durável, sendo empregada na fabricação de estacas, mourões e lenha. Além disso, a árvore é frequentemente utilizada para a formação de cercas vivas em propriedades rurais, devido ao seu crescimento rápido e resistência a podas frequentes.
Cuidados e Manutenção
A manutenção da Mimosa caesalpiniifolia envolve podas regulares para estimular o crescimento e a formação de cercas vivas densas. A adubação orgânica pode ser aplicada para acelerar o desenvolvimento inicial da planta. Durante o primeiro ano, recomenda-se a irrigação periódica para garantir o estabelecimento da muda, especialmente em regiões de estiagem prolongada. A árvore é resistente a pragas e doenças, exigindo poucos cuidados fitossanitários.
Referências Bibliográficas
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
EMBRAPA. Cultivo e usos da Mimosa caesalpiniifolia. Disponível em: www.infoteca.cnptia.embrapa.br.
FONSECA, C.E.L. Espécies florestais para recuperação ambiental no Brasil. São Paulo: Nobel, 2015.
