Hierarquia Taxonômica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Subfamília: Sterculioideae
Gênero: Sterculia
Espécie: Sterculia striata A.St.-Hil. & Naudin
Sinônimos Relevantes
Não foram encontrados sinônimos taxonômicos relevantes para Sterculia striata.
Forma de Vida e Substrato
Sterculia striata é uma árvore caducifólia de médio a grande porte, podendo atingir entre 8 e 25 metros de altura. Seu tronco é reto e cilíndrico, com casca espessa e textura rugosa. A espécie é adaptada a diferentes condições de solo, sendo encontrada em substratos arenosos, argilosos e pedregosos. Seu crescimento ocorre em áreas abertas ou semi-sombreadas, demonstrando alta resistência a períodos de seca. A árvore apresenta folhas alternas e compostas, que caem na estação seca. Sua floração ocorre entre os meses de agosto e outubro, produzindo flores pequenas e avermelhadas, organizadas em inflorescências terminais. Os frutos são cápsulas lenhosas, que se abrem quando maduros, expondo as sementes de coloração escura e envoltas por uma polpa fina. Suas sementes são dispersas principalmente por animais, como roedores e aves, que consomem e transportam os frutos.
Descrição com campos controlados
Altura: 8 a 25 metros
Diâmetro do tronco: Até 50 centímetros
Folhas: Simples, alternas, caducas, pecioladas, ovaladas, até 30 centímetros de comprimento
Flores: Pequenas, avermelhadas, reunidas em panículas terminais
Frutos: Cápsulas lenhosas, de 10 centímetros, que mudam de verde para vermelho-vivo ao amadurecer
Sementes: 2 a 8 por fruto, comestíveis, conhecidas como amêndoas
Origem
Sterculia striata é uma espécie nativa do Brasil, amplamente distribuída nos biomas Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Sua ocorrência se dá principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste do país. Além do Brasil, a árvore também pode ser encontrada em países vizinhos da América do Sul, como Bolívia, Paraguai e Argentina. Devido à sua capacidade de adaptação a diferentes condições ambientais, a espécie pode colonizar tanto solos mais secos e pobres quanto regiões mais úmidas e férteis. Seu ciclo de vida e dispersão são favorecidos pelo clima tropical e subtropical dessas regiões.
Endemismo
Sterculia striata não é considerada endêmica do Brasil, pois sua distribuição ocorre em outros países sul-americanos, como Bolívia, Paraguai e Argentina. No entanto, sua presença é predominante em território brasileiro, onde desempenha um papel ecológico importante na composição da vegetação nativa. Como árvore pioneira, contribui para a recuperação de áreas degradadas e a manutenção da biodiversidade nos biomas em que está presente. Sua adaptabilidade a diferentes condições ambientais permite que ela prospere em diversos tipos de vegetação.
Distribuição
A espécie ocorre amplamente no Brasil, sendo encontrada nos estados da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí e São Paulo. Sua presença é marcante em áreas de Cerrado, Caatinga e florestas estacionais da Mata Atlântica. Também pode ser observada em ambientes de transição entre esses biomas, evidenciando sua ampla adaptabilidade ecológica. Fora do Brasil, Sterculia striata é encontrada em países como Bolívia, Paraguai e Argentina, onde compartilha habitats semelhantes aos do território brasileiro.
Domínios Fitogeográficos
Sterculia striata está presente nos domínios fitogeográficos do Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. No Cerrado, ocorre em formações florestais semidecíduas e cerradões; na Caatinga, pode ser encontrada em áreas de floresta estacional decidual; e na Mata Atlântica, habita florestas estacionais semidecíduas. Sua ampla distribuição dentro desses biomas demonstra sua capacidade de adaptação a diferentes condições climáticas e de solo.
Tipo de Vegetação
A espécie é característica de formações florestais abertas e florestas estacionais semidecíduas e deciduais. Pode ser encontrada em cerradões, matas de galeria e áreas de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica. Sua presença também é comum em matas ripárias, onde contribui para a estabilidade do solo e a conservação dos recursos hídricos. Devido à sua resistência a períodos de seca, Sterculia striata é uma importante espécie para a recuperação de áreas degradadas e para projetos de reflorestamento em regiões de clima tropical e subtropical.
Nomes Vernáculos
Sterculia striata é conhecida por diversos nomes populares dependendo da região. Entre os mais comuns estão “chichá”, “xixá”, “mendubi-guaçu”, “mandovi”, “amendoim-de-cutia”, “amendoim-de-macaco”, “arachachá”, “arichichá”, “castanha-de-macaco”, “castanheiro-do-mato”, “chichá-do-mato”, “pau-rei”, “pé-de-anta” e “sapucaia”. Essas variações refletem a importância da árvore para comunidades locais, seja pelo uso de suas sementes como alimento ou pela sua presença na paisagem natural.
Descrição Geral
Sterculia striata, conhecida popularmente como chichá, é uma árvore de médio a grande porte que pode alcançar de 8 a 25 metros de altura. Apresenta tronco cilíndrico, com casca espessa e textura rugosa. Suas folhas são compostas e caducas, caindo durante a estação seca. A floração ocorre entre agosto e outubro, com flores pequenas e avermelhadas, dispostas em inflorescências terminais. Os frutos são cápsulas lenhosas de coloração verde quando jovens, tornando-se vermelhos ao amadurecer e finalmente acastanhados quando secos. Cada fruto contém entre 2 e 8 sementes, que possuem formato arredondado e são envoltas por uma fina camada de polpa. Essas sementes são conhecidas como “amêndoas” e podem ser consumidas por animais e humanos. A árvore tem importância ecológica na regeneração de áreas degradadas e é amplamente utilizada em projetos de reflorestamento.
Descrição das Sementes
As sementes de Sterculia striata são arredondadas, de coloração marrom-escura a negra, medindo cerca de 1 a 2 centímetros de diâmetro. São envolvidas por uma camada fina de polpa, que pode ser consumida por animais silvestres, auxiliando na dispersão da espécie. Internamente, possuem uma amêndoa oleaginosa e comestível, de sabor suave e agradável, sendo comparada ao amendoim ou castanha. As sementes são dispersas principalmente por roedores, que as enterram e acabam favorecendo a germinação. Além disso, são apreciadas por algumas comunidades tradicionais como alimento, podendo ser consumidas in natura ou torradas.
Requisitos de Crescimento
Sterculia striata é uma espécie rústica e de crescimento rápido, adaptando-se a diferentes condições climáticas e edáficas. Tolera solos pobres e secos, mas se desenvolve melhor em solos bem drenados e com matéria orgânica. Prefere áreas abertas e recebe bem a luz solar direta, sendo uma espécie típica de florestas estacionais semidecíduas e cerradões. Embora suporte períodos de estiagem, responde positivamente a chuvas regulares. É indicada para plantios de recuperação ambiental, pois auxilia na recomposição da vegetação nativa e na proteção do solo contra erosão.
Tempo de Germinação
As sementes de Sterculia striata apresentam germinação relativamente rápida, ocorrendo entre 15 e 30 dias após a semeadura. A taxa de germinação é alta quando as sementes são recém-coletadas e sem a polpa externa, pois a presença da camada externa pode inibir a germinação. O plantio deve ser feito em substrato leve e bem drenado, mantendo-se a umidade constante, mas sem encharcamento. A germinação é epígea, e as plântulas desenvolvem-se rapidamente, podendo ser transplantadas para campo definitivo em poucos meses.
Tempo de Colheita
A colheita dos frutos de Sterculia striata ocorre no período seco, geralmente entre maio e julho. Os frutos maduros se abrem naturalmente, liberando as sementes, que devem ser coletadas diretamente do solo ou retiradas manualmente das cápsulas. Para armazenamento, é recomendado que as sementes sejam secas à sombra e mantidas em ambiente seco e arejado, preservando sua viabilidade por até um ano. A produção de sementes pode ocorrer a partir do quinto ano de vida da árvore, dependendo das condições ambientais e do crescimento da planta.
Usos
Sterculia striata possui múltiplos usos ecológicos, alimentares e ornamentais. Suas sementes são comestíveis e ricas em óleo, podendo ser consumidas torradas ou in natura. A madeira da árvore é utilizada na construção civil e para fabricação de móveis leves. Na arborização urbana, a espécie é valorizada por sua copa densa e crescimento rápido, fornecendo sombra e atraindo fauna nativa. Além disso, desempenha um papel importante na recuperação de áreas degradadas, ajudando na restauração da vegetação nativa e na conservação do solo.
Cuidados e Manutenção
A espécie requer pouca manutenção após o estabelecimento no solo. Durante os primeiros anos, recomenda-se regas periódicas em períodos de estiagem para favorecer o crescimento inicial. Não há necessidade de podas frequentes, a menos que sejam feitas para formação da copa ou remoção de galhos secos. A árvore tem resistência a pragas e doenças, sendo uma opção viável para reflorestamento e recuperação ambiental. Em áreas urbanas, deve-se considerar o porte da árvore antes do plantio, pois suas raízes podem interferir em estruturas próximas.
Referências Bibliográficas
– LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Instituto Plantarum, 2008.
– EMBRAPA. Chichá do Cerrado (Sterculia striata). Disponível em: www.embrapa.br. Acesso em: 2025.
– REITZ, R. Flora Ilustrada Catarinense. Herbário Barbosa Rodrigues, 1988.